quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Um erro de diagnóstico

Primeiro que tudo, acho que vos devo dizer que, embora o meu historial, eu sempre fui uma pessoa saudável, praticava desporto regularmente (e ainda me mantenho o mais activa que o meu corpo e os tratamento me permitem) e tinha (e tenho) uma alimentação cuidada.

No decorrer do ano passado notei algumas alterações no meu peito esquerdo: estava inchado, tinha uma temperatura anormal e estava com uma fibrosa esquisita. Ora sabendo eu da minha história, resolvi marcar uma consulta de imediato para um médico de oncologia num hospital privado que me diagnosticou uma mastite. Achei estranho, questionei-o, pois eu sempre associei mastite à subida do leite, e ele disse-me que, por vezes, a mulher pode apanhar germes no mamilo que resultam em mastites. Regressei a casa com indicação para fazer um anti-inflamatório durante 15 dias, após os quais seria novamente avaliada. Neste processo (e sem melhoras) passaram-se quatro consultas e dois exames médicos e sempre com o mesmo diagnóstico.
Comecei a ficar ainda mais preocupada, porque a situação começou a piorar, estava cada vez mais inchado e começaram a surgir algumas dores, principalmente ao toque. Andei neste impasse durante cerca de quatro meses, o tempo suficiente para agravar qualquer cenário possível.

Descontente, marquei uma nova consulta e, desta vez, na minha ginecologista, que me aconselhou outro médico. E foi aí que os meus maiores receios se vieram a confirmar. Desde o primeiro momento, ficou preocupado e com uma postura completamente diferente do médico anterior. Uma ressonância e biópsia foram cruciais para o diagnóstico final. E, a partir daí foi tudo muito rápido, fui encaminhado para uma médica de oncologia que determinou o caminho a seguir.

Um erro médico pode alterar as hipóteses de sobrevivência numa doença como esta. Uma segunda opinião, no meu caso, foi uma das melhores decisões da minha vida, aquela que me salvou a vida. Sim, é desta forma que eu encaro tudo isto, pois, embora o peso que esta doença tem, a verdade é que de alguma forma, não a aceitei como uma sentença de morte, muito pelo contrário... ela trouxe-me uma nova maneira de viver! Tenho uma vontade enorme de vencer, e acredito nisso vivamente. 

diagnosticar + cancro de mama + oncologia + sinais de alerta para um cancro

2 comentários:

  1. Não tenho dúvidas de que vais vencer e no caminho alertar outras pessoas para o que se passou contigo em termos médicos.É inacreditável que hoje em dia ainda haja médicos que não pedem um exame complementar e se achem tão poderosos que acreditam que detêm a verdade absoluta.Ainda bem que recorreste a uma segunda opinião,o teu sexto sentido não te deixou ficar mal... e vais dar um belo murro nos queixos dessa doença de m*** mostra-lhe o que acontece quando se metem contigo ������

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  2. Muita força e connosco a ver e a acompanhar. Beijos.

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